25 março 2008

Já repararam como as coisas são
muito mais fáceis pros príncipes encantados?
A pobre coitada da donzela rala a estória inteirinha...
Lava, passa, cozinha, foge de caçadores, come maçã envenenada, enfrenta a bruxa, agüenta irmãs más e madrastas piores ainda...
Fingem-se de mortas pro espelho encantado,
são guardadas por dragões ou aprisionadas em torres altíssimas...
Vestem roupas maltrapilhas,
perdem a mãe no começo do livro
e ainda se separam do pai tão amado.
No final do martírio, no último parágrafo da última página,
vem o folgado do príncipe,
beija a moça e ainda vive feliz pra sempre com ela!!
Fácil pra eles, né?
O lobo mau, por exemplo:
Aparece desde o começo na estória,
corre atrás, faz e acontece...
É autêntico, mostra realmente a que veio.
É mau, verdade, mas presente, firme, forte!
Deveria levar mais mérito nos contos infantis..
Até por que, tem muito mais lobo mau
do que príncipe encantado no mundo né?
Ao meu filho, me resta contar sobre Peter Pan,
rapaz de coragem!
Apaixonado pela Wendy e com fraquezas reais, humanas...
Sente ciúmes dela,
se irrita e eles até ficam “de mal” em determinado momento.
Tem também o Hobin Hood,
O Flautista de Hamelin,
Os Três Mosqueteiros...
Heróis de verdade, que fazem por merecer.
Diferente do mauricinho do príncipe, que não faz nada o tempo todo,
e no final ainda leva a mocinha pro lindo castelo,
sentadinho no cavalo branco!
Li em algum lugar certa vez: “Príncipe encantado que nada!
Bom mesmo é o lobo mau,
que escuta melhor, te vê melhor
e ainda te come!”
Acorda Alice!







Genial...
Parabens pra quem escreveu esta definição!

Vérinha...